Essa postagem é de autoria de Rusmea , dos blogs curionautas.com.br e rusmea.com
O povoado de Nemmersdorf , a sudoeste de Gumbinnen, na Prússia Oriental, foi palco de um dos mais conhecidos crimes de guerra cometidos pelos soldados soviéticos. O assim chamado Massacre de Nemmersdorf ocorreu em 21 e 22 de outubro de 1944 e tornou-se símbolo do horror das atrocidades cometidas pelas integrantes das Forças Armadas Soviéticas contra a população alemã oriental.
ONE
http://pt.metapedia.org/wiki/Massacre_de_Nemmersdorf
O historiador norte-americano Alfred M. de Zayas, um especialista em direito internacional classifica este crime como um dos mais documentados exemplos das atrocidades cometidas pelos soviéticos na Segunda Guerra Mundial.
Devido à ponte sobre o rio Angerapp , o local era estrategicamente importante. Em 20 de outubro de 1944 reinava o caos no povoado. Caravanas de fugitivos, retirantes e comboios de transporte militar congestionavam-se. Escasseavam informações confiáveis sobre a situação fronteiriça. Muitos moradores decidiram acompanhar as caravanas de fugitivos
Em 1949 foi criado na então Alemanha Ocidental o Bundevertriebenenministerium (Ministério Federal, incumbido das questões decorrentes da expulsão e perseguição da população alemã oriental). No documentação elaborada pelo Ministério - A expulsão da população alemã das regiões a leste dos (rios) Oder e Neisse- constam diversos testemunhos do ocorrido:
Entre os testemunhos há os depoimentos do Volkssturmmann (miliciano) Karl Potrok, que declara a existência de no mínimo 72 mortos, sendo que
- Seis mulheres foram crucificadas nuas, quatro das quais numa carroça e as restantes num portão de galpão (silo).
- De uma idosa cega foi partido o crânio com um machado ou pá.
- Todas as vítimas femininas foram estupradas.
Corroborando e complementado as declarações de Karl Protok, constam depoimentos de moradores do povoado, soldados e oficiais (entre estes o Stabchef da 4ª. Armada da Prússia Oriental, Major-General Dethleffsen), além de relatos de correspondentes do jornal norueguês Fritt Folk do dia 6 , e do jornal Courier de Genève do dia 07 de novembro de 1944.
Às 6 horas do dia 21 de outubro de 1944 iniciou-se o ataque soviético ao local, e as 7:30 hrs os primeiros soviéticos passaram a ponte.
Ao inicio dos combates, 14 moradores refugiaram-se num abrigo. Em seguida este abrigo foi invadido por soldados soviéticos em busca de proteção contra um contra-ataque alemão com suporte aéreo. Após amainarem-se os combates, os soldados ordenaram o abandono do abrigo, para em seguida abrir fogo indiscriminadamente contra as pessoas: crianças, mulheres e velhos. Apenas uma mulher sobreviveu.
No dia 23 de outubro de 1944, às 4:30 hrs, os soviéticos retiraram-se para o outro lado do rio Angerapp. Aos soldados alemães que os seguiam, apresentou-se todo o horror. As 13 pessoas do abrigo não eram as únicas vítimas.
Encontrou-se crianças mortas por espancamento. Mulheres estupradas e assassinadas encontraram-se pregadas no portão do silo. O crânio de uma menina estava partido.
Em 27 de outubro de 1944 chegou uma comissão internacional de médicos da Cruz Vermelha. Suas análises foram apresentadas em 31 de outubro de 1944 à Charité de Berlim. Os médicos constataram que todas meninas de 8 a 12 anos, além de uma mulher cega de 84 anos haviam sido estupradas.
Joseph Goebbels mencionou Nemmersdorf por quatro vezes em seu diário. Em 03 de novembro de 1944 registrou:
"Ademais os soviéticos permitem-se à macabra zombaria de denominar as atrocidades por eles cometidas na Prússia Oriental e por nós detectadas, como invenção alemã, além de ainda afirmar que nós mesmos fuzilamos civis(...) a fim de termos mortos a apresentar no noticiário semanal." Assim julgam os outros por si.
A tática soviética de atribuir os crimes aos alemães mostrou-se eficiente ainda no julgamento de Nuremberga. Os acusadores aliados assimilaram a versão soviética, por conveniência ou por estarem totalmente imbuídos da propaganda anti-alemã de forma a desconsiderarem qualquer possibilidade de sua inocência.
Os relatórios e protocolos da comissão internacional de investigações tinham desaparecidos, eliminados ou perdidos, somente sobraram algumas fotos.
Depoimento de Harry Thürk
O historiador americano Alfred M de Zayas entrevistou o escritor Harry Thürk, que estava entre os primeiros soldados a entrar em Nemmersdorf no dia 23 de outubro de 1944. Ele informou:
"Avistei cadáveres de civis numa estrumeira. Havia um homem idoso com um forcado metido em seu peito. (...) No chão da cozinha de uma residência jazia o corpo de uma idosa. Uma mulher mais nova jazia no corredor. (...) Estivemos num dormitório com camas de metal, laqueadas em branco. Uma das camas estava embebida em sangue, porém estava vazia. (..) Num silo pendia uma mulher pregada no seu portão direito".
Depoimento de Erich Dethleffsen
Alfred M de Zayas entrevistou também o Major-General da 4ª Armada Erich Dethleffsen, que lhe confirmou o conteúdo do relatório da comissão internacional de investigação.
O Major também testemunhou no processo de Nuremberg:
"Quando em outubro de 1944 formações russas romperam a "Front" (linha de defesa) alemã na região de Groß-Waltersdorf e avançaram temporariamente até Nemmersdorf, soldados soviéticos fuzilaram civis em grande parte dos povoados ao sul de Gumbinnen - em parte com torturas como encravar a vítima no portão do silo.
Uma grande quantidade de mulheres foram violentadas. Também foram fuzilados pelos soviéticos em torno de 50 prisioneiros de guerra franceses. Os referidos povoados, após 48 horas voltaram novamente ao domínio alemão. O inquirimento de testemunhas, relatórios médicos das necropsias e fotografias dos cadáveres foram me apresentados poucos dias após".
Depoimento de Heinrich Amberger
O Primeiro-Tenente Heinrich Amberger, chefe da 13a. Companhia de Para-Quedistas e Blindados, depôs:
"Nas margens das ruas e quintais de casas jaziam em grande quantidade cadáveres de civis que aparentemente não faleceram acidentalmente por balas perdidas durante combates, mas que foram assassinados de forma planejada. Entre outras coisas vi numerosas mulheres mortas por disparos na nuca e que, a julgar por suas vestimentas deslocadas e rasgadas, haviam sido estupradas. Ao lado destas mulheres havia também cadáveres de crianças alemãs assassinadas."
Resumo do Estado-Maior
Em 4 de abril de 1945 o Estado-Maior das Forças Armadas apresentou ao Ministério das Relações Exteriores um resumo sobre o comportamento soviético nas áreas alemãs ocupadas. De acordo com o documento, prisioneiros soviéticos teriam afirmado
"que tinham sido orientados pelos seus oficiais, que em território alemão poderiam agir como bem entendessem. Isto valeria sobretudo para o tratamento de mulheres e meninas, que poderiam sem mais, ser violentadas".
Notícia do Courrier de Geneve
O jornal suiço Courrier de Geneve de 7 de novembro de 1944 publicou:
"A guerra na Prússia Oriental, que se desenvolve no triângulo formado por Gumbinnen-Goldap-Ebenrode, sobressai-se entre os acontecimentos atuais, após a reconquista de Goldap pelos alemães.
A situação não se caracteriza somente pelos combates encarniçados das tropas regulares, pelo descomedimento em recursos empregados por ambos os lados e pela mobilização da recém criada milícia alemã, mas lamentavelmente também pelo emprego dos mais que conhecidos métodos de fazer guerra: as mutilações e execuções de prisioneiros, ocorridas na tarde de 20 de outubro, e o extermínio quase completo da população alemã, na medida em que tinham permanecido em suas regiões.
A população civil, por assim dizer, desapareceu das áreas em combate, pois a maioria dos moradores rurais fugiu com suas famílias. Com exceção de uma jovem alemã e um trabalhador polonês, tudo foi dizimado pelo exército vermelho.
30 homens, 20 mulheres, 15 crianças caíram nas mãos dos russos e foram assassinados em Nemmersdorf. Em Brauersdorf avistei dois trabalhadores rurais de ascendência francesa, ex-prisioneiros de guerra, que igualmente foram massacrados. Um deles pôde ser identificado.
Próximo dali, 30 prisioneiros alemães sofreram o mesmo destino. Para poupar os leitores, evito descrever as mutilações e a visão terrível dos cadáveres em campo aberto. Trata-se de impressões que ultrapassam a mais criativa das fantasias".
O povoado de Nemmersdorf , a sudoeste de Gumbinnen, na Prússia Oriental, foi palco de um dos mais conhecidos crimes de guerra cometidos pelos soldados soviéticos. O assim chamado Massacre de Nemmersdorf ocorreu em 21 e 22 de outubro de 1944 e tornou-se símbolo do horror das atrocidades cometidas pelas integrantes das Forças Armadas Soviéticas contra a população alemã oriental.
ONE
http://pt.metapedia.org/wiki/Massacre_de_Nemmersdorf
O historiador norte-americano Alfred M. de Zayas, um especialista em direito internacional classifica este crime como um dos mais documentados exemplos das atrocidades cometidas pelos soviéticos na Segunda Guerra Mundial.
Devido à ponte sobre o rio Angerapp , o local era estrategicamente importante. Em 20 de outubro de 1944 reinava o caos no povoado. Caravanas de fugitivos, retirantes e comboios de transporte militar congestionavam-se. Escasseavam informações confiáveis sobre a situação fronteiriça. Muitos moradores decidiram acompanhar as caravanas de fugitivos
Em 1949 foi criado na então Alemanha Ocidental o Bundevertriebenenministerium (Ministério Federal, incumbido das questões decorrentes da expulsão e perseguição da população alemã oriental). No documentação elaborada pelo Ministério - A expulsão da população alemã das regiões a leste dos (rios) Oder e Neisse- constam diversos testemunhos do ocorrido:
Entre os testemunhos há os depoimentos do Volkssturmmann (miliciano) Karl Potrok, que declara a existência de no mínimo 72 mortos, sendo que
- Seis mulheres foram crucificadas nuas, quatro das quais numa carroça e as restantes num portão de galpão (silo).
- De uma idosa cega foi partido o crânio com um machado ou pá.
- Todas as vítimas femininas foram estupradas.
Corroborando e complementado as declarações de Karl Protok, constam depoimentos de moradores do povoado, soldados e oficiais (entre estes o Stabchef da 4ª. Armada da Prússia Oriental, Major-General Dethleffsen), além de relatos de correspondentes do jornal norueguês Fritt Folk do dia 6 , e do jornal Courier de Genève do dia 07 de novembro de 1944.
Às 6 horas do dia 21 de outubro de 1944 iniciou-se o ataque soviético ao local, e as 7:30 hrs os primeiros soviéticos passaram a ponte.
Ao inicio dos combates, 14 moradores refugiaram-se num abrigo. Em seguida este abrigo foi invadido por soldados soviéticos em busca de proteção contra um contra-ataque alemão com suporte aéreo. Após amainarem-se os combates, os soldados ordenaram o abandono do abrigo, para em seguida abrir fogo indiscriminadamente contra as pessoas: crianças, mulheres e velhos. Apenas uma mulher sobreviveu.
No dia 23 de outubro de 1944, às 4:30 hrs, os soviéticos retiraram-se para o outro lado do rio Angerapp. Aos soldados alemães que os seguiam, apresentou-se todo o horror. As 13 pessoas do abrigo não eram as únicas vítimas.
Encontrou-se crianças mortas por espancamento. Mulheres estupradas e assassinadas encontraram-se pregadas no portão do silo. O crânio de uma menina estava partido.
Em 27 de outubro de 1944 chegou uma comissão internacional de médicos da Cruz Vermelha. Suas análises foram apresentadas em 31 de outubro de 1944 à Charité de Berlim. Os médicos constataram que todas meninas de 8 a 12 anos, além de uma mulher cega de 84 anos haviam sido estupradas.
Joseph Goebbels mencionou Nemmersdorf por quatro vezes em seu diário. Em 03 de novembro de 1944 registrou:
"Ademais os soviéticos permitem-se à macabra zombaria de denominar as atrocidades por eles cometidas na Prússia Oriental e por nós detectadas, como invenção alemã, além de ainda afirmar que nós mesmos fuzilamos civis(...) a fim de termos mortos a apresentar no noticiário semanal." Assim julgam os outros por si.
A tática soviética de atribuir os crimes aos alemães mostrou-se eficiente ainda no julgamento de Nuremberga. Os acusadores aliados assimilaram a versão soviética, por conveniência ou por estarem totalmente imbuídos da propaganda anti-alemã de forma a desconsiderarem qualquer possibilidade de sua inocência.
Os relatórios e protocolos da comissão internacional de investigações tinham desaparecidos, eliminados ou perdidos, somente sobraram algumas fotos.
Depoimento de Harry Thürk
O historiador americano Alfred M de Zayas entrevistou o escritor Harry Thürk, que estava entre os primeiros soldados a entrar em Nemmersdorf no dia 23 de outubro de 1944. Ele informou:
"Avistei cadáveres de civis numa estrumeira. Havia um homem idoso com um forcado metido em seu peito. (...) No chão da cozinha de uma residência jazia o corpo de uma idosa. Uma mulher mais nova jazia no corredor. (...) Estivemos num dormitório com camas de metal, laqueadas em branco. Uma das camas estava embebida em sangue, porém estava vazia. (..) Num silo pendia uma mulher pregada no seu portão direito".
Depoimento de Erich Dethleffsen
Alfred M de Zayas entrevistou também o Major-General da 4ª Armada Erich Dethleffsen, que lhe confirmou o conteúdo do relatório da comissão internacional de investigação.
O Major também testemunhou no processo de Nuremberg:
"Quando em outubro de 1944 formações russas romperam a "Front" (linha de defesa) alemã na região de Groß-Waltersdorf e avançaram temporariamente até Nemmersdorf, soldados soviéticos fuzilaram civis em grande parte dos povoados ao sul de Gumbinnen - em parte com torturas como encravar a vítima no portão do silo.
Uma grande quantidade de mulheres foram violentadas. Também foram fuzilados pelos soviéticos em torno de 50 prisioneiros de guerra franceses. Os referidos povoados, após 48 horas voltaram novamente ao domínio alemão. O inquirimento de testemunhas, relatórios médicos das necropsias e fotografias dos cadáveres foram me apresentados poucos dias após".
Depoimento de Heinrich Amberger
O Primeiro-Tenente Heinrich Amberger, chefe da 13a. Companhia de Para-Quedistas e Blindados, depôs:
"Nas margens das ruas e quintais de casas jaziam em grande quantidade cadáveres de civis que aparentemente não faleceram acidentalmente por balas perdidas durante combates, mas que foram assassinados de forma planejada. Entre outras coisas vi numerosas mulheres mortas por disparos na nuca e que, a julgar por suas vestimentas deslocadas e rasgadas, haviam sido estupradas. Ao lado destas mulheres havia também cadáveres de crianças alemãs assassinadas."
Resumo do Estado-Maior
Em 4 de abril de 1945 o Estado-Maior das Forças Armadas apresentou ao Ministério das Relações Exteriores um resumo sobre o comportamento soviético nas áreas alemãs ocupadas. De acordo com o documento, prisioneiros soviéticos teriam afirmado
"que tinham sido orientados pelos seus oficiais, que em território alemão poderiam agir como bem entendessem. Isto valeria sobretudo para o tratamento de mulheres e meninas, que poderiam sem mais, ser violentadas".
Notícia do Courrier de Geneve
O jornal suiço Courrier de Geneve de 7 de novembro de 1944 publicou:
"A guerra na Prússia Oriental, que se desenvolve no triângulo formado por Gumbinnen-Goldap-Ebenrode, sobressai-se entre os acontecimentos atuais, após a reconquista de Goldap pelos alemães.
A situação não se caracteriza somente pelos combates encarniçados das tropas regulares, pelo descomedimento em recursos empregados por ambos os lados e pela mobilização da recém criada milícia alemã, mas lamentavelmente também pelo emprego dos mais que conhecidos métodos de fazer guerra: as mutilações e execuções de prisioneiros, ocorridas na tarde de 20 de outubro, e o extermínio quase completo da população alemã, na medida em que tinham permanecido em suas regiões.
A população civil, por assim dizer, desapareceu das áreas em combate, pois a maioria dos moradores rurais fugiu com suas famílias. Com exceção de uma jovem alemã e um trabalhador polonês, tudo foi dizimado pelo exército vermelho.
30 homens, 20 mulheres, 15 crianças caíram nas mãos dos russos e foram assassinados em Nemmersdorf. Em Brauersdorf avistei dois trabalhadores rurais de ascendência francesa, ex-prisioneiros de guerra, que igualmente foram massacrados. Um deles pôde ser identificado.
Próximo dali, 30 prisioneiros alemães sofreram o mesmo destino. Para poupar os leitores, evito descrever as mutilações e a visão terrível dos cadáveres em campo aberto. Trata-se de impressões que ultrapassam a mais criativa das fantasias".