Salve salve leitores e amigos do blog
O Mundo Real , desde pequeno sempre gostei de automobilismo , acordava aos domingos cedo para assistir corridas e torcer para um brasileiro ganhar para ouvir aquela musiquinha .
E tambem sempre fui apaixonado pela historia e tambem acidentes de automobilismo , e hoje estou fazendo esse e se a galera curtir pretendo dar sequencia e contar mais historias .
E hoje vou contar de uma das corridas mais terriveis da historia da formula indy :
As 500 milhas de Indianápolis de 1973 , Trago até vcs o texto do site
www.motorpasion.com.br e com imagens e videos introduzidos por mim :
Há 40 anos, as 500 Milhas de Indianápolis passavam por sua edição mais trágica. Com três mortes e quinze feridos, nem a distância completa foi percorrida. Uma corrida para ser esquecida, mas que acabou se tornando inesquecível.
Maio é o mês das 500 Milhas de Indianápolis. Os olhos do mundo se voltam para o mítico circuito oval que premia a velocidade, estratégia e coragem. 40 anos atrás, em 1973, realmente era necessária muita coragem para entrar no carro, após uma sequência impressionante de batidas fortíssimas, capaz de igualar ou superar Imola 1994.
Os grandes da época eram Mario Andretti, Johnny Rutherford, A.J Foyt, Bobby Unser (irmão de Al Unser) e Mark Donahue. Dos 33 carros inscritos, 22 deles tinham os poderosos motores Offenhauser turbinados. Os “Offy” estavam no pico de seu desenvolvimento técnico podendo atingir impressionantes 1000 cavalos, coisa até então impensável na Fórmula 1, em que os Ford-Cosworth não passavam dos 450 cavalos.
Com tanta potência, pela primeira vez na história os carros estavam ultrapassando a barreira das 200 milhas por hora (cerca de 320 Km/h) e a USAC já estava preocupada com o que aconteceria se algum deles perdesse o controle nessa velocidade.
Naquele mês, o clima estava incomum no estado de Indiana, mais frio do que de costume. As nuvens negras eram uma constante no horizonte do Indianapolis Motor Speedway, quase como um prelúdio da tempestade que todos iriam viver.
O primeiro sinal de que algo estava errado aconteceu nos treinos, dia 12 de maio. Art Pollard, um estabelecido piloto de 46 anos bateu com tudo na curva 1. O carro pegou fogo, capotou, e a força G foi tão intensa que só foi parar no meio da curva 2, 440 metros depois.
Os médicos o puseram em uma novíssima unidade de ambulância cardíaca, mas com danos pulmonares (devido inalação de fumaça tóxica) e queimaduras de terceiro grau, sua vida não pode ser salva.
A Pole Position ficou com Johnny Rutherford, tendo Bobby Unser e Mark Donohue ao seu lado na primeira fila. No entanto o mais impressionante piloto dos treinos tinha sido Swede Savage. O californiano de 26 anos era uma estrela em ascensão, lançado por Dan Gurney.
O piloto havia quebrado o recorde de velocidade ao marcar 196.582 mph (316.368 km/h). No entanto, fortes rajadas de vento, o derrubaram para quarto no grid de largada. Mas não havia duvidas de que era um favorito para a vitória.
No domingo, dia 27 de maio, a chuva não deu trégua e a corrida foi adiada para a segunda-feira, 28. Como é de praxe em circuitos ovais, não se corre quando chove. Mas o público como sempre compareceu em massa. As estações de TV estavam no ar. Milhões de expectadores acompanhavam ao redor do mundo. Assim, mesmo sob uma garoa que insistia cair sobre Indianápolis, os procedimentos de largada começaram.
A largada em movimento aconteceu ainda com pista úmida. Salt Walther se enroscou com outro competidor e seu carro voou em direção ao alambrado que separa a pista do público. O tanque de combustível imediatamente se rompeu esguichando para todos os lados, inclusive entre os espectadores. Vários tiveram queimaduras graves, incluindo Walther.
Essa batida que envolveu 12 carros bloqueou a reta dos boxes e a corrida foi paralisada. Logo em seguida a chuva voltou mais forte indicando que mais uma vez as 500 milhas seriam adiadas. No dia seguinte, 29 de maio, logo após a volta de apresentação a água novamente mandou todo mundo para casa. Apenas na quarta-feira, 30, o tempo parecia suficientemente firme para uma corrida.
Mas mesmo em Indianápolis, paciência tem limite. E muitos dos espectadores, “na folia” desde a sexta-feira, não resistiram e tiveram que voltar para casa. A área de camping estava completamente enlameada devido ao mau tempo. Entre as equipes o clima era de cansaço e apreensão. Segundo Johnny Rutherford, todos já queriam empacotar as coisas e ir para a próxima etapa em Milwaukee. A imprensa chamava a corrida de “72 horas de Indianápolis” uma brincadeira com as 24 Horas de Le Mans.
As primeiras 50 voltas transcorreram tranquilamente, apenas com avarias mecânicas vitimando diversos competidores. Parecia que finalmente a Indy 500 teria uma corrida decente. Na volta 57 Swede Savage que vinha na liderança fez um pit-stop. Colocou 70 litros de combustível, um novo pneu traseiro e seguiu adiante. Duas voltas depois ele perdeu o controle do seu STP-Eagle na curva 4 derrapando de traseira em direção ao muro interno batendo praticamente de frente a mais de 300 Km/h.
O carro, com os tanques recém-reabastecidos explodiu na hora. Motor e caixa de cambio voaram para um lado enquanto monocoque e piloto para o outro, no meio da pista, próximo ao muro externo. Savage, totalmente consciente permanecia amarrado dentro no cockpit, ou ao que restava dele. Mais uma vez a corrida foi interrompida.
Como se não bastasse isso, enquanto as equipes médicas e o caminhão de bombeiros corriam em direção ao acidente, Armando Teran, um membro da equipe de Graham McRae (companheiro de Savage na Patrick Racing) foi atropelado sendo jogado a 50 metros dali. A cena foi presenciada por todos na arquibancada principal e no paddock. Com traumatismo crâniano e costelas esmagadas, Teran foi declarado morto às 4h23min.
Savage, no entanto, continuava vivo e em condição bastante estável. Ele foi enviado ao hospital metodista com vários ossos quebrados e muitas queimaduras mas aparentemente sem risco de morte. Novamente, os preparativos para o reinicio da corrida começaram mesmo que só 11 carros permanecessem na disputa, alguns com várias voltas de atraso.
Assim, na volta 129 quando Gordon Johncock (outro colega de equipe de Savage) estava na liderança, o céu fechou de vez trazendo novamente a chuva. Incrívelmente, a prova não foi interrompida imediatamente, só parando quatro voltas depois, quando a água na pista tornava a corrida um suicídio. Johncock foi declarado o vencedor, mas a celebração tradicional foi cancelada. O campeão saiu do circuito e foi imediatamente visitar Savage no hospital. Sua vitória só foi “celebrada” tarde da noite, comendo um hamburguer ao lado nos mecânicos em um Burger Chief.
Quase como uma cereja no topo de um bolo muito sinistro, Swede Savage morreria no hospital no dia 2 de julho. Ironicamente, a causa mortis foi insuficiência renal devido à contração de hepatite B, em uma transfusão de sangue contaminado.
O horrível mês de maio em Indianápolis pelo menos serviu para que melhorias drásticas na segurança começassem. A capacidade do tanque de combustível caiu de 75 para 40 litros, válvulas pop-off passaram a controlar a pressão de turbo e os aerofólios ficaram menores, tudo para diminuir a velocidade em retas e curvas.
O muro interno da curva 4 também foi recuado, assim como várias cadeiras que ficavam junto à mureta dos boxes, além de uma série de melhorias no paddock e no espaço para o público. Não aconteceram mais mortes em Indianápolis até 1982. Abaixo um excelente resumo dessa corrida caótica, ao som da banda The Shadows.